OBS.: Texto escrito para disciplina Comunicação e Realidade Brasileira 2º período.
*Kelly Saraiva
Quantos lados têm uma mesma história, dois lados e uma verdade? O problema é que existem verdades diversas do mesmo. 11 de setembro de 2001, cerca de 4.500 mortos, milhares de pessoas consternadas em suas casas, com o terror das imagens em Nova Iorque. No Afeganistão, 90% controlado pelo Taliban com uma lei islâmica, forte censura, extrema pobreza, mulheres privadas de participação social... Também por motivo do embargo ao país proposto pelos Estados Unidos.
Dois aviões atingem as torres gêmeas, outro cai no Pentágono e uma bomba explode no Congresso Americano, a maior potência do mundo com suas defesas abaladas. Toda a imprensa mundial voltada para aquele inexplicável acontecimento, os porquês começam a aparecer e com eles ainda mais interrogações. A primeira torre desaba, sua gêmea ruirá a seguir, pessoas desesperadas se jogam lá do alto, as imagens da colisão e ruína são repetidas exaustivamente, olhos vidrados e incrédulos por toda parte.
As especulações de acidente já não existiam mais, os repórteres repetiam atentado terrorista, com uma dúvida na voz... Como atentado contra os Estados Unidos, quem poderia? Novas notícias apareciam a cada minuto, onde estava Bush no momento exato, imagens de cinegrafistas amadores com todos os ângulos possíveis do desespero americano.
Como uma ferida aberta, o espaço vazio do World Trade Center no meio da cidade, começaram os resgates... Bombeiros, policiais, voluntários, toda a ajuda era bem vinda. Na TV médiuns, comentaristas, transeuntes... Qualquer opinião servia. Quem teria cometido àquela atrocidade e por que, não se sabia.
As semanas seguintes não foram mais do que um replay, os EUA (vítima), jurando que fariam os ‘vilões’ pagarem por seu crime e chorando seus mortos. Teorias de farsa, cerimônias em homenagem às vítimas, medo, um culpado, guerra, mais inocentes mortos... Ou seja, mais do mesmo, com olhos americanos.
Tudo que me lembro daquele dia é estar na rua, ouvir a música do plantão da globo, chegar na casa de alguém (não me lembro quem), de não ter prestado atenção na tela até ouvir comentários espantados sobre o acontecido, daí em diante, as lembranças se confundem com os replays das semanas seguintes...foi um ano difícil... A verdade é que aquele mal trouxe um bem pra muita gente grande, se as teorias de conspiração são verdade não sei dizer, o que eu sei é o que o mundo parou pra ver. Pelos olhos de quem você viu é o que vai te trazer a resposta.
07/04/2011